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porto velho, domingo 25 de maio de 2025
Em meio às críticas do presidente Jair Bolsonaro à proposta da equipe econômica de extinguir programas sociais a fim de compor a receita para o pagamento do auxílio emergencial na transição até a criação do Renda Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstrou tranquilidade e disposição para atender às exigências do presidente.
"Está tudo equacionado. Não tem truque e nem fura-teto. Tudo será feito com total transparência", disse ao blog por telefone.
O mercado reagiu mal às declarações do presidente em Minas Gerais, e o efeito foi a queda da bolsa e alta do dólar.
Bolsonaro terá nova rodada de conversas com ministros e assessores para decidir o valor e a composição do programa de ajuda financeira aos mais pobres — o valor a ser fixado nesse período de transição de setembro a dezembro deve ser o mesmo a ser pago pelo Renda Brasil, sucessor do Bolsa Família a partir de 2021.
Há, porém, uma outra questão a ser definida pelo presidente: qual será o público-alvo dos dois períodos. Hoje, o auxílio emergencial de R$ 600 é pago a 64 milhões de brasileiros e o Bolsa Família, a 14 milhões de famílias.
O ministro Paulo Guedes não parece abalado com as críticas públicas do presidente.