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    porto velho, quarta-feira 2 de outubro de 2024

Deputado Luis Miranda pede à CPI da Covid a prisão de Onyx Lorenzoni

Miranda afirma também que, durante a coletiva, ele e o irmão foram vítimas de “ameaças que contaram com o apoio de todo o aparato estatal da Presidência da República”.


uol

Publicada em: 24/06/2021 14:15:14 - Atualizado

O deputado Luis Miranda acaba de apresentar um ofício à CPI da Covid pedindo que a comissão determine as prisões de Onyx Lorenzoni e Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde.

No pedido, Miranda afirma que a coletiva de ontem, no início da noite, conduzida por Onyx e Elcio tinha como objetivo “prejudicar a espontaneidade” dos depoimentos do deputado e de seu irmão, previstos para esta sexta-feira (25).

Este site revelou ontem que Miranda alertou Jair Bolsonaro sobre possíveis irregularidades na compra da Covaxin. Escute aqui a entrevista exclusiva. O irmão do parlamentar, Luis Ricardo Miranda, é o servidor do Ministério da Saúde responsável pela denúncia.

“Certamente que o momento escolhido para que o Sr. Onyx viesse a público tem a ver, diretamente, com o intuito de coagir e reprimir as atividades desta CPI, com a perversão do devido processo legal, isto é, de prejudicar a espontaneidade de nossos depoimentos”, diz Miranda no ofício à CPI.

Miranda afirma também que, durante a coletiva, ele e o irmão foram vítimas de “ameaças que contaram com o apoio de todo o aparato estatal da Presidência da República”.

“Há ameaças claras desprendidas contra mim e meu irmão em público, ou melhor, com repercussão nacional e internacional, proferidas por um ministro ladeado por um investigado dessa CPI.”

Elcio Franco está sendo investigado pela CPI da Covid.

Para pedir que a CPI determine as prisões de Onyx e de Elcio, Miranda cita o artigo 344 do Código Penal, que prevê como crime “usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral”.

No documento, Miranda cita alguns termos usados na coletiva: “vai pagar na Justiça”; “que Deus tenha pena do senhor”; “trair o presidente Jair Bolsonaro”; “traiu o Brasil”; “se junta a todo mal que há na política brasileira”.




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