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Senador Omar Aziz anuncia prisão de ex-diretor da Saúde acusado de corrupção

Presidente da CPI acusou Roberto Dias de mentir durante depoimento usando como base áudios de vendedor de vacinas


R7

Publicada em: 07/07/2021 16:56:34 - Atualizado

BRASIL - O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-BA), anunciou nesta quarta-feira (7) a prisão do ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias durante seu depoimento aos senadores, por falso testemunho.

O parlamentar usou como base para o pedido de prisão a contradição entre áudios do celular do representante da Davati Medical Supply e policial militar, Paulo Dominguetti, que denunciou Dias por pedir propina pela compra de 400 milhões de doses da Astrazeneca, e o depoimento do ex-diretor.

Durante seu depoimento, Dias afirmou repetidas vezes que seu encontro com Dominguetti em fevereiro deste ano, onde teria ocorrido a proposta de propina, teria ocorrido por coincidência. "Não era um jantar com fornecedor, era um jantar com um amigo", disse Dias aos senadores.

Aziz, porém, mostrou mensagens divulgadas de Dominguetti que mostram ele avisando no dia 25 de fevereiro aos seus superiores na Davati que se encontraria com Roberto Dias.

Depois do encontro, Dias foi acusado pelo policial militar e representante da Davati Medical Supply, Paulo Dominguetti, de ter pedido propina de US$ 1 por dose comprada no início da negociação de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca/Oxford, que não trabalha com intermediários para negociar com o Ministério da Saúde. O ex-diretor negou as acusações à CPI e chamou Dominguetti de "picareta" e disse que as acusações contra ele "partem de pessoas desqualificadas".

Essa foi a primeira vez que Aziz pediu a prisão de um depoente durante os trabalhos da CPI, marcando uma mudança em sua postura como presidente. Ele já foi pressionado por senadores a prender outros dois convocados, que mostraram claras contradições entre seus depoimentos e documentos oficiais.

Foram eles o ex-secretário Especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, e de Luiz Dominguetti. Aziz negou os pedidos.

"Todo depoente que estiver aqui que achar que pode brincar, terá o mesmo destino dele. Ele que recorra na Justiça, mas ele está preso e a sessão está encerrada", finalizou o presidente.


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