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porto velho, terça-feira 8 de julho de 2025
A proposta de zerar o ICMS sobre o diesel e gás de cozinha ainda causa reboliço dentro e fora do Congresso Nacional. Enquanto governistas se mobilizam para tentar o número de assinaturas necessárias para a tramitação da proposta, opositores usam as redes sociais e pronunciamentos para minar Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano.
Embora esteja na segunda colocação nas pesquisas de opinião, Bolsonaro tem aproveitado a máquina pública para reverter a reprovação do seu governo e tentar alavancar sua popularidade entre os eleitores "arrependidos" de 2018. O alvo, agora, é a área econômica, principalmente o preço dos combustíveis.
Na proposta anunciada nesta semana, o governo pagaria uma recompensa aos estados que aceitassem zerar a alíquota do imposto para favorecer os caminhoneiros. A divergência fica nas incógnitas sobre o pagamento de indenização e nas perdas que os estados devem sofrer com a medida.
Outro ponto que causa insegurança é o fato do Senado agilizar a proposta que limita o ICMS para 17% sobre os combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte público.
"Brincadeira de mau gosto", declarou o secretário de Fazenda do Estado de São Paulo, Felipe Salto.
A equipe política de Bolsonaro ascendeu o alerta nos últimos dias: a possibilidade de ataque de adversários. Inicialmente, o governo tinha medo que o preço dos combustíveis fosse alvo de críticas e acabasse minando a campanha do atual chefe do Planalto. No entanto, opositores tentam usar a proposta de Bolsonaro para reduzir a aprovação de seu governo.