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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
BRASIL: A partir de 2010, o Brasil apresentou uma queda de 35% no consumo de tabaco no País. Para se chegar a esse resultado, foram anos de movimentos antitabagistas que tiveram início na década de 1970, liderados por médicos e profissionais da área da saúde e com atuação governamental a partir dos anos 1980, com a formação do Grupo Assessor para o Controle do Tabagismo no Brasil em 1985 e, um ano depois, em 1986, com a fundação do Programa Nacional de Combate ao Fumo.
O Brasil é um dos países pioneiros a proibir o fumo em locais fechados, e também em implantar políticas públicas para o combate ao tabagismo, como o Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, para reforçar ações nacionais e mobilizar a população para os danos causados pelo uso do tabaco.
De acordo com a médica pneumologista do HCFMRP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto) da USP, Ana Carla Sousa de Araujo, a diminuição no uso do tabaco pela população brasileira tem um impacto importante na saúde pública do país, pois aumenta a sobrevida da população e diminui a ocorrência de doenças relacionadas ao tabaco, como infarto, derrame e câncer.
“O tabaco antecipa em anos a ocorrência de infarto e de derrame, e aumenta a pressão arterial da população.”
Além disso, diz a médica, o cigarro é um dos principais causadores de cânceres, como o de pulmão, por exemplo. Essas doenças podem ser desenvolvidas também em pessoas que não fumam, mas que convivem com fumantes, pois a inalação da fumaça liberada pelo cigarro também é tóxica e prejudicial à saúde.
“A pessoa que está ao lado de quem fuma também pode desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo sem nunca ter colocado um cigarro na boca”, afirma a médica.