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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
BRASIL: A Spin-Tec, vacina contra a Covid-19 com tecnologia 100% brasileira desenvolvida pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), deve começar a ser testada em humanos em novembro deste ano. O avanço na pesquisa foi autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta segunda-feira (4).
A primeira fase de testes será feita com aproximadamente 80 voluntários. Eles vão ser divididos em dois grupos: um de pessoas com até 55 anos e outro de pessoas com idades entre 56 e 80 anos. Neste primeiro momento, os pesquisadores vão avaliar a dosagem ideal para aplicação.
A segunda parte do projeto deve acontecer em fevereiro de 2023, com aproximadamente 400 pessoas. Nela, será avaliada a segurança do imunizante e a capacidade de proteção.
Os testes vão acontecer na Faculdade de Medicina da UFMG e no Hospital Felício Rocho. A universidade vai divulgar nas próximas semanas uma convocação para os voluntários.
A professora Santuza Teixeira, membro do grupo de pesquisadores que desenvolveram o medicamento em parceria com a FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz), explica que a vacina pode ser até 50% mais barata que as concorrentes.
“Fizemos com um modo de produção que a gente consegue facilmente alterar algumas particularidades para se adaptar às novas cepas”, explica.
“É uma vacina que usa tecnologia diferente das utilizadas pela Pfizer, Astrazenca e CoronaVac. É uma vacina baseada em única proteína do vírus, que é produzida a partir do que a gente chama de tecnologia de DNA recombinante. Ou seja, a gente não precisa crescer o vírus para obter essa proteína que vai ser o imunizante”, detalhou a pesquisadora.
Se o projeto tiver sucesso nas duas etapas planejadas, a Spin-Tec seguirá para a terceira fase de testes com um grupo amplo da população. Só depois destas fases ela poderá ter autorização permanente da Anvisa.
Caso aprovado, o imunizante vai chegar ao mercado como uma vacina de reforço, em um contexto em que quase toda população brasileira já foi imunizada.
“O que queremos verificar é se o nível de proteção vai aumentar novamente no paciente que receber a vacina da UFMG após receber a segunda ou terceira dose de outra vacina”, detalha a especialista.