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    porto velho, sexta-feira 29 de novembro de 2024

Vítimas sobre prisão de ginecologista abusador Celso Satoru: “Justiça sendo feita”

Notícia da prisão foi recebida com alívio pelas vítimas do médico Celso Satoru Kurike. Na delegacia, ele negou os crimes


metropoles

Publicada em: 08/07/2023 11:00:41 - Atualizado

BRASIL: A notícia da prisão do ginecologista suspeito de abusar sexualmente de pacientes no Distrito Federal foi vista com alívio pelas vítimas do médico Celso Satoru Kurike. Ao Metrópoles algumas das ex-pacientes disseram esperar “que a justiça seja feita”.

“Foi muito triste tudo o que aconteceu”, revelou uma das vítimas. Ela contou ter ficado muito abalada psicologicamente e, ao ver o médico detido, sentiu “esperança de que ele seja punido”.

Outra vítima disse ter passado por acompanhamento terapêutico após ser abusada pelo médico. Em relação à prisão, ela considera pouco diante de todos os traumas que Celso causou a ela e a mais de uma dezena de mulheres. “Acho que pela lei dos homens, é o mínimo”, acrescentou.

Os crimes teriam ocorrido durante consultas em um hospital particular da capital federal. Depois de a coluna Na Mira revelar que Celso Kurike foi indiciado por violação sexual mediante fraude, 12 novas novas vítimas procuraram a polícia para denunciá-lo. Elas relatam ter sido masturbadas pelo médico quando estavam deitadas em uma maca.

“Fico muito feliz por ele estar preso”, disse outra vítima. Ela revelou que o comportamento do ginecologista foi da mesma forma que outras mulheres relataram em depoimento. “Ele chegou a me masturbar com movimentos circulares, no clitóris, penetração com o dedo, e isso era sempre quando eu estava sozinha. Fiquei muito assustada com a situação, porque ele falava assim ‘Você é tão linda, não quer namorar comigo? Não quer ficar comigo?’”, detalhou a jovem.

Ela ainda relatou que o médico pediu para que a mãe saísse da sala para que ele pudesse apalpar os seios dela. O médico dizia que eles eram “muito bonitos”.

Celso Satoru Kurike foi preso em uma megaoperação na quinta-feira (6/7), em Formosa (GO). A investigação, da 12ª Delegacia de Polícia, mostrou que o ginecologista “fazia as vítimas crerem que estavam sendo submetidas a um procedimento adequado, correto e necessário, e que os toques que ele realizava faziam parte do protocolo de atendimento, quando, na verdade, era uma fraude para conseguir praticar o ato libidinoso com as vítimas”.


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