Empresários e representantes de setores atingidos pela tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, veem o governo capitaneado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inerte frente às negociações com representantes do governo norte-americano sobre o tarifaço.

O grupo de trabalho formado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, também não colheu os resultados esperados pelos empresários que formam o conselho.

Fontes ouvidas pela CNN apontam um descontentamento geral com a condução das conversas do governo brasileiro e relatam descrença em relação à capacidade do Executivo em reverter a punição imposta por Trump aos setores impactados.

Um representante de um dos setores mais afetados pela tarifa afirma que a única esperança para reverter ou mitigar o início do tarifaço em 1º de agosto parte das negociações de representantes do setor privado norte-americano junto à gestão de Donald Trump.

Segundo um empresário, há sempre a possibilidade de alguém encontrar um caminho, porém ressalta que o sucesso seria mais por sorte do que por juízo. A atribuição não seria, na visão desta fonte, responsabilidade dos senadores — que pouco têm a oferecer ao governo norte-americano.

O firmamento de um acordo entre os Estados Unidos e a União Europeia é visto com bons olhos para as intenções brasileiras.

A visão geral é de que seria “muito estranho” o mundo inteiro ser penalizado com tarifas entre 15% a 20% e o Brasil ficar com uma alíquota de 50%.