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    porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024

Após 5 anos, complexo Madeira-Mamoré, símbolo de RO, reabre neste sábado

Complexo passou por revitalização que custou R$ 30 milhões e depois de cinco anos será reaberto apenas parcialmente...


Redação

Publicada em: 04/05/2024 09:17:05 - Atualizado

Foto: Leandro Morais

PORTO VELHO, RO: Após cinco anos de um processo de revitalização que demandou um investimento de R$ 30 milhões, o Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) reabre parcialmente suas portas para visitação neste sábado (4). 

Este acontecimento é de suma importância não apenas como um marco histórico, mas também como um símbolo vivo da identidade cultural de Rondônia

PATRIMÔNIO CULTURAL

A EFMM, tombada como Patrimônio Cultural Brasileiro desde 2006, tem suas raízes profundamente entrelaçadas com a formação do município de Porto Velho e, consequentemente, do estado de Rondônia como um todo. Como bem pontuado pelo historiador e professor Célio Leandro, a história da cidade tem seu nascedouro nas margens do rio Madeira, durante os tempos árduos da construção da ferrovia.

Conhecida como a "Estrada de Ferro do Diabo", a EFMM foi um projeto grandioso concebido como parte do Tratado de Petrópolis em 1903, com o objetivo de estabelecer um corredor para o escoamento da produção, principalmente da borracha da região. Sob a liderança do engenheiro norte-americano Percival Farquhar, a construção começou oficialmente em 1907, atraindo trabalhadores de mais de 50 nacionalidades para a região.

Entretanto, o preço pago pelo progresso foi alto. A construção da ferrovia cobrou vidas, com muitos operários sucumbindo a doenças como malária, febre amarela e pneumonia. O local onde repousam os trabalhadores falecidos, o "Cemitério da Candelária", é uma triste recordação desse período sombrio da história.

Com mais de 360 km de extensão, os trilhos da EFMM ligavam os portos de Santo Antônio do Rio Madeira, em Porto Velho, ao de Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia. Após sua inauguração em 1912, a ferrovia prosperou por apenas dois anos antes de entrar em declínio devido à concorrência da borracha asiática. Em 1966, após mais de cinco décadas de funcionamento, a EFMM foi completamente desativada.


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