PORTO VELHO, RO: Apresentado pelo advogado e jornalista Arimar Souza de Sá, o programa A Voz do Povo desta terça-feira (10) recebeu a presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem em Rondônia - ABAV, Geânia Dias, que falou sobre os desafios da categoria e do setor de turismo no Estado.

De acordo com Geânia Dias, o estado de Rondônia vem saindo de uma crise aérea, onde chegou até 70% dos voos suspensos pelas empresas de aviação. Atualmente, ela destaca que a realidade vem mudando de forma considerável.

Apenas neste ano, o aeroporto de Porto Velho já obteve a retomada de voos diretos para Manaus (AM) e Rio Branco (AC), o que tirou a capital rondoniense do isolamento com seus estados vizinhos.

"Tivemos um momento muito crítico, foi prejudicado total o nosso modal aéreo e isso prejudica todo o sistema. Nós temos a passagem aérea mais cara do país, sabendo que os demais estados têm uma oferta de voo maior com um preço menor que o nosso. Por isso a ABAV, teve a iniciativa de batalhar dentro do Governo e das companhias aéreas solicitando mais voos, e hoje temos uma conquista", falou Geânia Dias.

A presidente da ABAV em Rondônia destacou o considerável apoio concedido pela bancada de Rondônia no Congresso Nacional, que atuou junto na conquista da retomada dos voos para o Estado.

"Nós tivemos apoio da bancada federal através da deputada Cristiane Lopes, que nos auxiliou nessa batalha constante para o retorno dos voos, porque esse interesse é público, é um direito da população e esse é o trabalho dos deputados", falou Geânia Dias.

Para Geânia Dias, os rondonienses têm o Nordeste como o principal destino nas rotas de turismo, sendo estados como Rio Grande do Norte e Fortaleza como os favoritos. O retorno em 2024 do voo direto Porto Velho - Recife facilitou ainda mais essas passagens em comparação com a crise vivida em 2023.

"Rondônia ama o Nordeste, Fortaleza, Maceio, Recife e Natal são os destinos recordistas de vendas no Estado. Em termos de valores, as passagens para esses destinos custavam R$ 1,7 mil, e chegaram até R$ 7 mil no ano passado. A população de Rondônia é grande e, para atender a população, é necessária uma demanda alta de voos", destacou Geânia Dias.

Sobre a judicialização, que gerou a suspensão dos voos em 2023 no estado de Rondônia, a presidente da ABAV disse que é um direito do consumidor, mas que resultou em uma relação ruim com as empresas aéreas que atuam na região.

"É um direito do consumidor judicializar, mas o estado de Rondônia teve um alto índice de judicialização por um longo período, o que gerou um transtorno com as companhias, que retiraram os voos, sendo necessário um trabalho árduo para reconquistar essas perdas", falou Geânia Dias.

Geânia Dias ainda alertou a sociedade rondoniense sobre possíveis golpes em vendas de passagens aéreas, de acordo com ela, produtos com preço muito abaixo da realidade do mercado geralmente vão dar algum problema para o cliente.

"Veja se o que está sendo ofertado no mercado condiz realmente com a realidade, porque empresas sérias não oferecem produtos extremamente abaixo do mercado e fora da realidade", finalizou Geânia Dias.

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