PORTO VELHO (RO) - Apresentado pelo jornalista e advogado Armar Souza de Sá, o programa A Voz do Povo desta quarta-feira (7) recebeu o comandante da Policia Militar do estado de Rondônia, Coronel Régis Braguim, que falou sobre as suas ações à frente da corporação no combate ao crime.

Recém chegado de Brasília, onde apresentou os dados da atuação da PM/RO no ano de 2025 ao Ministério da Justiça, o Coronel Braguim declarou que as forças de segurança do Estado seguem em um bom momento, com parcerias entre poderes e fortalecimento dos militares no Estado.

“Estamos vivendo uma boa fase, tudo que nós temos estamos colocando a disposição da sociedade, estamos realizado operações cada vez mas bem acertadas e contundentes. A gente tem uma união de esforços favorável, estamos em um momento diferenciado”, falou Régis Braguim.

Sobre explosão da criminalidade ocorrida no começo de 2025, o comandante da PM/RO relatou que tudo foi um reflexo do atuante trabalho da policia durante todo o ano passado, que culminou nos criminosos tentando confrontar as forças do Estado e a fracassando totalmente.

“Houve uma guerra entre as facções que forçou o Estado a reagir em 2024, e por conta disso foram cinco operações realizadas em integração com os departamentos de inteligência, fato que causou maus de R$ 1,5 milhão de prejuízo as facções. Aliado à criação do BPTAR nós fomos evoluindo nesse processo e a decisão da facção foi retaliar as forças do Estado, matando um policial penal e um policial militar”, disse o Coronel Régis Braguim.

Sobre o trabalho da PM/RO na contenção dos bandidos em janeiro desse ano, o Coronel garantiu que foi uma demonstração de força e que representou um marco divisória no combate ao crime na capital do Estado.

“A policia seguiu na busca da faccionados envolvidos na criminalidade e durante 15 das foram 13 criminosos mortos, isso mostra que nos fomos para o enfrentamento. Naquele mês de janeiro nós tivemos pela primeira vez na história de Porto Velho o registro de zero por cento de furtos durante toda a semana, nós jogamos a régua da criminalidade para baixo. isso foi um divisor de águas, em quatro dias resgatamos a ordem pública”, falou o Coronel Regis Braguim.

Porém, o comandante da PM/RO relatou que sente-se frustrado por conta do que ele considera o afrouxamento da Lei.

“Não existe por parte da Lei uma demonstração clara que o crime tem que parar, e isso sobrecarrega a segurança pública onde fica o basta, que é a contenção física do criminoso, a contenção de confronto armado, porque a Lei não está mais assustando ninguém” falou Regis Braguim.

Ele ainda fez questão de ressaltar que tem como prioridade em sua gestão militar renovar todo o aparato de segurança utilizados pelos policiais com as mais modernas ferramentas como pistolas, coletes, entre outros. Esse é o motivo pelo qual o Coronel não considera prioridade a compra de câmeras corporais.

“Hoje temos um parque tecnológico que distribui os totens, que são os nossos postos policias, além de gravações de provas e identificação de bandidos, são informações cruzadas que ajudam o policial a ter mais acerto em sua abordagem. Hoje estamos com um grau baixo de câmeras corporais, mas a nossa policia é honesta e integra, então enquanto não trocarmos as pistolas e equipamentos de segurança dos policiais, não vejo câmeras como prioridades”, alegou o Coronel Régis Braguim.

Por fim, o Coronel relatou sobre o projeto de construção de um batalhão da PM/RO dentro do condomínio popular Morar Melhor, que vem passando por um trabalho de pacificação. Ele também relato que a Guarda Municipal será mais uma parceira da entidade.

“O que nós temos é um plano chamado Aliança pela Vida, que colocou a polca por 24 horas no condomínio Morar Melhor, e lá será a sede de um batalhão da PM/RO, o terreno é da prefeitura de Porto Velho e o pedido já foi realizado ao prefeito Léo Moraes”, argumentou Régis Braguim. A Policia Militar é a maior organização de integração com os poderes, então nós temos muita facilidade em atuar com a força da Guarda Municipal de Porto Velho. Vamos trabalhar juntos”, finalizou Régis Braguim.

Confira entrevista: