PORTO VELHO (RO) - A Entidade responsável por zelar pelo patrimônio da União em Rondônia, a SPU no Estado, coordenada por João Batista Nogueira, que está no posto por indicação direta de seu cunhado, o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB), vem sendo acusada de promover um “libera geral” nas dependências da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

Cedida para a Amazonfort, em um contrato controverso e que está sendo contestado pela Justiça, feito pelo então prefeito Hildon Chaves (PSDB), o complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré vem se transformando em um espaço distante, indiferente à sua natureza, que é a de ser um histórico terminal ferroviário com imenso potencial turístico.

Ao invés disso, João Nogueira vem promovendo vista grossa para eventos que descaracterizam totalmente o espaço, que é tombado pelo patrimônio histórico da União.

Um exemplo é o evento “Pagode do Carioca”, previsto para acontecer neste mês de julho dentro do complexo da Madeira Mamoré, e que pretende instalar palco, praça de alimentação, entre outras estruturas levantadas para receber um público que só entrará pagando ingressos a preços considerados inacessíveis ao cidadão assalariado.

Nem mesmo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN acatou a realização do evento que conta com a permissividade da SPU.

Vale destacar que todo o espaço foi reformado através de recurso público e de compensação social à comunidade de Porto Velho por conta da construção da usina de Santo Antônio, o que torna a privatização do local um ponto focal das críticas direcionadas à SPU em Rondônia.