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    porto velho, terça-feira 2 de setembro de 2025

Mesmo inelegível, Cassol permanece uma incógnita na corrida ao Governo de Rondônia

Se a Justiça abrir caminho para que volte ao jogo, o cenário político muda da noite para o dia...


Redação

Publicada em: 02/09/2025 09:44:39 - Atualizado

PORTO VELHO - RO - A política rondoniense tem seus fenômenos — e um deles atende pelo nome de Ivo Cassol. Ex-governador, ex-senador, figura polêmica para muitos e carismática para outros, Cassol carrega nas costas um capital eleitoral que resiste ao tempo, às polêmicas e até às amarras da Justiça. Mesmo inelegível, seu nome ronda os bastidores como uma sombra incômoda para quem sonha com o Palácio Rio Madeira em 2026.

Se a Justiça abrir caminho para que volte ao jogo, o cenário político muda da noite para o dia. Com Cassol na disputa, dois postulantes de peso — Adailton Fúria (PSD), prefeito de Cacoal, e Hildon Chaves (PSDB), ex-prefeito de Porto Velho — dificilmente sustentarão suas candidaturas. Não se trata apenas de medo, mas de sobrevivência política: competir contra Cassol significa enfrentar um eleitorado fiel, espalhado de ponta a ponta do estado, e que já provou em outras urnas sua disposição de transformar simpatia em voto.

O ex-governador não apenas acumula recall, mas também ocupa um espaço singular: é o único político em Rondônia que ultrapassa a barreira do bolsonarismo, orbitando numa esfera própria. Para seus adversários, isso é um pesadelo. Para sua base, é a senha da vitória. Nos bastidores, circula a informação de que, caso seja liberado, Cassol não só reuniria apoio popular, mas herdaria apoios políticos de eventuais desistentes.

E se o senador Marcos Rogério (PL) também resolver se assanhar rumo ao governo, a equação pouco muda: Cassol continua sendo o adversário a ser batido, e seu nome segue tirando o sono de quem se considera competitivo em 2026.

Assim, entre incertezas jurídicas e cálculos políticos, uma verdade se impõe: Ivo Cassol continua sendo a candidatura que assusta, mesmo quando fora do tabuleiro. Caso retorne às urnas, será preciso muito mais que coragem para enfrentá-lo — será preciso enfrentar um verdadeiro fenômeno de votos em Rondônia.


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