PORTO VELHO - RO -  A Polícia Federal e o Ministério Público de Rondônia estão apurando denúncias que apontam para um suposto esquema de desvio de verbas em contratos de mídia vinculados a uma agência responsável por atender os pleitos governamentais.

Segundo analistas do setor, trata-se de um caso de extrema gravidade. As informações preliminares indicam que valores vultosos teriam sido liberados de forma desproporcional e graciosa a determinados veículos de comunicação que, sequer, se ouve falar, como sites e portais, em pagamentos considerados exorbitantes e, sobretudo, sem critérios técnicos claros. A suspeita é de que a distribuição irregular tenha servido como mecanismo de favorecimento político.

Fontes ligadas às investigações revelam que o inquérito segue em ritmo acelerado, com análise detalhada de contratos, notas fiscais e transferências bancárias. O suposto “derrame de mídia” já resultou em consequências práticas dentro do próprio governo: a queda da secretária da área responsável, em meio a pressões e desconfianças que só aumentaram a temperatura da crise.

Nos bastidores, a situação é vista como um barril de pólvora. Se confirmadas as irregularidades, o escândalo poderá respingar em setores estratégicos da administração estadual e abrir caminho para um processo de responsabilização amplo. Enquanto isso, a cada nova semana, cresce a especulação de que a apuração possa trazer à tona um esquema de poder mais profundo do que se imagina.

Em silêncio, autoridades da segurança e da justiça monitoram cada detalhe. O que hoje é apenas um rumor em investigação pode se transformar, amanhã, em um dos maiores escândalos políticos recentes de Rondônia.