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porto velho, segunda-feira 6 de outubro de 2025
PORTO VELHO – RO – O cerco se fecha sobre a agência responsável pela mídia oficial do governo. Sob denúncias de suposto favorecimento político e distribuição de recursos públicos sem o devido critério, o caso ganhou contornos e provocou a queda da então secretária de Comunicação. Mas, em um movimento que causa estranheza e indignação, o governo decidiu manter a mesma agência à frente da verba milionária da publicidade institucional.
Nos bastidores, a pressão é intensa. O Ministério Público acompanha de perto as denúncias que apontam para repasses vultosos a veículos de fachada, muitos sem sede física ou qualquer prova de audiência real. A suspeita é de que parte dos recursos públicos esteja servindo a interesses políticos, e não ao fortalecimento da comunicação social do Estado.
Mesmo após a crise que resultou na troca de comando da Secom, a permanência da agência no centro das operações gera questionamentos cada vez mais graves. A decisão do governo de apenas promover um novo cadastramento de veículos, sem mexer na engrenagem principal, é vista por críticos como tentativa de ganhar tempo diante da pressão crescente.
A repercussão dentro do Executivo é explosiva. Cresce a cobrança por respostas claras e pela retirada imediata da agência sob suspeita. Para aliados e opositores, a manutenção da empresa no sistema representa não apenas um risco de desgaste político, mas também uma afronta aos veículos prejudicados.