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porto velho, segunda-feira 6 de outubro de 2025
PORTO VLHO - RO - A concessão da BR-364 virou sinônimo de improviso e desrespeito com quem realmente usa a rodovia. Antes mesmo de qualquer obra começar — e sem previsão de duplicação —, o que chega concessionária NOVA 364, é o pedágio: R$ 16 por eixo, espalhado em sete praças de cobrança entre Vilhena e Porto Velho.
Enquanto o usuário paga antecipadamente por um serviço que ainda não existe, a concessionária patina. Não contratou equipes, não iniciou treinamentos e não apresentou um cronograma real de execução. Nem mesmo há clareza sobre quais trechos serão recuperados ou quando as máquinas entrarão em campo, tudo sob o silêncio de deputados e senadores que representam o povo de Rondônia no Congresso Nacional.
Produtores rurais e caminhoneiros, principais usuários da via, chamam o modelo de “tiro no bolso do povo”. Para eles, trata-se de um contrato que arrecada antes de entregar e transforma a principal rota do agronegócio da Amazônia em um pedágio permanente.
“Pagaremos caro para continuar rodando na mesma estrada esburacada”, lamenta um empresário do setor de grãos. “Não há duplicação, não há obra e, pelo visto, nem planejamento.”
A BR-364, espinha dorsal da economia rondoniense, continua sem rumo — e o pedágio, esse sim, tem data marcada para começar.