PORTO VELHO — RO — O vice-governador Sérgio Gonçalves-União - decidiu encerrar, de forma pública e definitiva, qualquer especulação sobre divergências internas com o governador Marcos Rocha. Durante entrevista concedida ao programa A Voz do Povo, da Rádio Caiari FM, apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá, Gonçalves foi categórico: o passado de ruídos políticos ficou para trás, e o futuro aponta, em nome de Rondônia, para um projeto conjunto em 2026 — com Rocha rumo ao Senado e ele próprio consolidando sua presença no cenário estadual.

Ao colocar “uma pá de cal” nas tensões que marcaram os bastidores do governo nos últimos meses, Sérgio destacou que o foco agora é trabalhar por Rondônia. “Não há diferença de forma alguma. Precisamos de representantes que conheçam a realidade do nosso Estado. Hoje temos um governador que praticamente completa oito anos de mandato, e é inegável que ele conhece os desafios e fez entregas. É um nome importante e merece essa vaga no Senado”, afirmou.

Entretanto, o vice-governador também fez um desabafo. Sérgio revelou que ainda existe um grupo dentro do próprio Palácio Rio Madeira tentando desgastar seu nome politicamente, mirando as eleições de 2026. “Sei que há quem tente me enfraquecer por questões de interesse pessoal, mas tenho maturidade suficiente para superar isso. Meu compromisso é com Rondônia e com o trabalho que precisa ser feito”, ressaltou.

A fala, embora conciliatória, teve forte impacto político. Além de reforçar o apoio a Marcos Rocha-União, Gonçalves deixou claro que não será peça descartável no tabuleiro de 2026. Nos bastidores, a entrevista foi interpretada como um gesto de lealdade com alerta embutido — sinalizando que, apesar das intrigas internas, o vice-governador segue firme e consciente de seu papel no projeto de continuidade.

“Temos um projeto muito importante para 2026, tanto eu quanto o governador. O mais importante é dar uma resposta concreta à população”, reforçou Sérgio, encerrando a entrevista com tom de união, mas também de vigilância.

Com isso, o vice-governador não apenas restabelece a harmonia política no Palácio Rio Madeira, como também reafirma sua relevância estratégica dentro do grupo governista, projetando um 2026 de alianças mais sólidas — e de menos bastidores sombrios.