Fundado em 11/10/2001
porto velho, sábado 8 de fevereiro de 2025
MUNDO: Um soldado foi baleado duas vezes, enviado do hospital de volta para o front, onde bebeu neve derretida para viver. Forçado a atacar posições ucranianas repetidamente, até que uma granada o cegou. Ele foi salvo das trincheiras por um médico que o tornou enfermeiro hospitalar.
Outro foi preso aos 20 anos por por porte de drogas, enviado para o front aos 23 anos. Quase sem treinamento, ele morreu três semanas depois – entre os prováveis 60 russos mortos em um ataque no mesmo dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, comemorou a derrota dos nazistas na Praça Vermelha.
Essas duas histórias, de notável sobrevivência e morte prematura, sintetizam a esquálida e exaustiva perda de vidas nas trincheiras russas. No entanto, há uma distinção: os mortos são prisioneiros, aos quais foi prometida uma trégua de suas penas de prisão se eles se juntarem aos chamados batalhões Storm-Z dirigidos pelo Ministério da Defesa da Rússia.
A expectativa de vida é curta, as condições são difíceis de sobreviver e os condenados descrevem como são usados como bucha de canhão.
Milhares de condenados foram recrutados para servir na linha de frente, inicialmente pelo grupo mercenário Wagner – um esquema depois assumido pelo Ministério da Defesa.
O site conversou com a mãe de um condenado, Andrei, que foi preso aos 20 anos por porte de drogas e enviado para a linha de frente como parte do programa de recrutamento militar russo.
A mãe forneceu um extenso vídeo, documentação e mensagens de bate-papo para verificar a história de seu filho e sua morte prematura, apenas três semanas após a implantação.
O site também falou com um raro sobrevivente das unidades Storm-Z, Sergei – que foi entrevistado pela primeira vez por telefone em um hospital militar meses antes e na semana passada relatou a vida selvagem e deteriorada nas trincheiras russas.
Embora as terríveis condições de combate sejam bem conhecidas, muitos testemunhos russos são de prisioneiros de guerra e fornecidos por facilitadores ucranianos. Essas duas histórias representam testemunhos raros entregues diretamente dos russos.