Fundado em 11/10/2001
porto velho, terça-feira 20 de maio de 2025
MUNDO: A lista de países que suspenderam as importações de carne de frango brasileira cresceu. A Coreia do Sul aderiu ao embargo após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul.
No domingo, a China também oficializou o bloqueio a 51 frigoríficos brasileiros. Esses estabelecimentos estavam habilitados para exportar carne de frango ao país asiático. Além de China e Coreia do Sul, outros quatro países e a União Europeia mantêm o embargo: Chile, Argentina, Uruguai e México. A medida da China foi publicada pela Administração Geral de Alfândegas (GACC). O documento formaliza a suspensão temporária, válida por até 60 dias.
O Japão, um dos principais mercados do Brasil, restringiu a compra apenas ao município de Montenegro, onde ocorreu o foco da gripe aviária. Os Emirados Árabes Unidos ainda não anunciaram restrições. Porém, o Ministério da Agricultura e a indústria avícola esperam que o país suspenda as compras na zona afetada, dentro de um raio de 10 quilômetros. As Filipinas devem seguir o mesmo protocolo. Já a Arábia Saudita pode ampliar o embargo para todo o território do Rio Grande do Sul.
Neste domingo, o Ministério da Agricultura anunciou que suspendeu a certificação sanitária para quatro mercados: China, União Europeia, Canadá e África do Sul.
Essa certificação atesta o status de país livre de gripe aviária. A medida atende aos acordos fitossanitários e orientações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Apesar das restrições, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo negocia com os países importadores para restabelecer as exportações.
“Temos espaço para negociar. Se eliminarmos o foco e rastrearmos os animais, o fluxo pode se normalizar antes dos 60 dias”, disse Fávaro.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, também acredita em um desfecho rápido. “Cada país segue seus critérios sanitários. O Japão, por exemplo, limitou o bloqueio a Montenegro”, afirmou.
A OMSA recomenda restrições regionalizadas, com um raio de 10 quilômetros ao redor do foco. Fora dessas áreas, a produção é considerada segura.