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porto velho, terça-feira 2 de setembro de 2025
MUNDO: O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira (2) que Moscou nunca se opôs à potencial adesão da Ucrânia à União Europeia e que acreditava ser possível chegar a um consenso para garantir a segurança tanto da Rússia quanto da Ucrânia.
Em visita à China, Putin afirmou que as alegações de líderes europeus de que o Kremlin um dia atacaria mais profundamente a Europa eram “histeria” e “histórias de terror”.
No caso da Ucrânia, em 2022, a Rússia foi forçada, disse Putin, a reagir ao que chamou de tentativa do Ocidente, com a ajuda da aliança militar da Otan, de tentar absorver todo o espaço pós-soviético, dadas suas implicações de segurança para Moscou.
“Quanto à adesão da Ucrânia à UE, nunca nos opusemos a isso”, declarou Putin ao primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, em conversas na China. “Quanto à Otan, essa é outra questão.”
Putin afirmou ter discutido a segurança da Ucrânia na cúpula de 15 de agosto no Alasca com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Existem opções para garantir a segurança da Ucrânia em caso de fim do conflito”, disse Putin. “E me parece que há uma oportunidade de chegar a um consenso aqui.”
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.
Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.
Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.