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porto velho, segunda-feira 20 de outubro de 2025
MUNDO: Foi nas primeiras horas da manhã de 7 de outubro de 2023 que o Hamas lançou uma ofensiva com mísseis e foguetes e invadiu o sul de Israel por terra, céu e mar, em um ataque que deixou aproximadamente 1.200 mortos no país. Dois anos depois do começo da guerra mais sangrenta em décadas na região, as partes podem estar perto de um acordo para encerrar o conflito: Israel e Hamas retomaram nesta segunda-feira, 6, as negociações de paz, sob forte pressão do presidente americano Donald Trump.
O conflito já causou a morte de mais de 67 mil palestinos e 9,5 mil desaparecimentos, de acordo com o Ministério da Saúde do território palestino. A intensa movimentação diplomática ocorre após o Hamas ter dado uma resposta parcialmente positiva ao plano de paz de Trump, que foi aceito integralmente por Israel.
As negociações, que são indiretas, acontecem em Sharm el-Sheikh, no Egito. O plano em discussão estabelece os termos para um cessar-fogo, a libertação dos reféns israelenses e define o futuro do Hamas no pós-guerra.
As tratativas de segunda-feira começaram por volta das 7h (horário de Brasília) com representantes do Hamas, Catar e Egito -- estes dois últimos atuando como mediadores junto com os EUA. Uma nova rodada teve início às 10h, enquanto a delegação israelense chegava a Sharm El Sheikh na manhã de segunda-feira, segundo fontes israelenses à Reuters. O grupo do Hamas, que inclui membros que sobreviveram ao bombardeio no Catar em setembro, havia chegado no domingo.
Dos 20 pontos da proposta de Trump, o Hamas aceitou apenas três até o momento: libertação imediata de todos os reféns, transferência do poder em Gaza para tecnocratas e retirada gradual das tropas israelenses. Os EUA pressionam por agilidade, alertando que inviabilizar o acordo levará à "obliteração" do grupo. O presidente americano manifestou confiança de que a proposta é "um ótimo negócio" e que os reféns serão liberados "muito em breve".
Apesar do apelo público de Trump para que Israel parasse imediatamente os bombardeios a Gaza, ataques israelenses no sábado, 4, deixaram dezenas de mortos no território palestino, segundo autoridades de saúde locais.