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porto velho, sábado 28 de dezembro de 2024
MUNDO - As sete pessoas que foram assassinadas, no Panamá, por uma seita acusada de praticar exorcismo foram identificadas como sendo uma mulher, que estava grávida, e os seus cinco filhos.
Os corpos foram encontrados pelas autoridades numa vala, no oeste do país, tendo sido detidos, posteriormente, pastores de uma seita suspeita de ter sequestrado as vítimas.
Segundo informações da cadeia de televisão TVN, que transmitiu imagens de elementos do Ministério Público e polícias na selva, as vítimas são uma mulher de 33 anos, identificada como Bellin Flores, e seis menores: um de 17 anos, outro de 10, dois de 9, um de 3 e um bebê de 1 ano.
A família, que pertencem a uma comunidade indígena, foi torturada por cerca de 10 elementos da seita, com fogo e catanas, para que se "arrependessem dos seus pecados", disse o diretor-geral interino da Polícia Nacional, Alexis Munoz.
A polícia conseguiu chegar ao local onde estavam mais 15 pessoas sequestradas, também indígenas e oriundas da região de Ngabe Buglé, zona montanhosa no oeste do país. Estavam amarradas com cordas e tinha sido agredidas com bastões de madeira e com Bíblias. Entre as 15 pessoas estavam, pelo menos, sete crianças e duas grávidas [uma delas, na imagem acima, a ser transportada para o hospital].
As autoridades foram guiadas ao local por habitantes da vila de Alto Terrón, que denunciaram que os supostos autores seriam pastores da seita 'A Nova Luz de Deus'. O Ministério da Segurança Pública informou que dez supostos pastores daquela seita foram detidos por forças especiais da Polícia Nacional.