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Trump troca oficiais da Defesa por nomes leais e liga alerta no Pentágono

O cargo de secretário de Defesa foi assumido, após a saída de Esper, por Cristopher Miller, que era diretor do Centro Nacional de Combate ao Terrorismo.


Assessoria

Publicada em: 11/11/2020 10:23:45 - Atualizado

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizou mudanças nos principais postos civis do Departamento de Defesa, retirando algumas das autoridades mais experientes e as substituindo por outras consideradas leais a ele.

As mudanças acontecem três dias depois de as projeções feitas pela CNN e demais veículos considerarem o candidato democrata Joe Biden como vencedor das eleições presidenciais de 2020. Trump não reconhece o resultado e sustenta alegações de suposta fraude.

As trocas foram anunciadas pelo Departamento de Defesa cerca de 24 horas depois de Trump demitir seu secretário da Defesa, Mark Esper, o que acendeu um estado de alerta no Pentágono e criou uma tensão entre oficiais militares e civis sobre o que o presidente americano fará a seguir.

Altos funcionários do governo lidaram nos últimos anos com o estilo imprevisível de Donald Trump na tomada de decisões, mas a avaliação é o que atual nível de incerteza cresce de forma constante desde as eleições.

Quatro importantes lideranças civis foram demitidas ou renunciaram desde segunda-feira (9), incluindo Esper, seu então chefe de gabinete e os oficiais que comandavam a supervisão da política e dos trabalhos de inteligência.

O cargo de secretário de Defesa foi assumido, após a saída de Esper, por Cristopher Miller, que era diretor do Centro Nacional de Combate ao Terrorismo. O âncora da CNN Jake Tapper apurou com fontes que a Casa Branca agora parece buscar retirar dos cargos nomes que assessoravam o ex-secretário.

Os substitutos são considerados leais a Donald Trump, incluindo o general Anthony Tata, uma figura controversa que dissemina teorias da conspiração e já chamou o ex-presidente Barack Obama de "terrorista".

Em publicações de 2018 nas redes sociais, Tata classificou Obama como um "líder terrorista", que teria agido contra os Estados Unidos, segundo ele, para "ajudar países islâmicos, mais do que qualquer presidente na história".

Anthony Tata assumiu um dos principais postos do Pentágono, substituindo James Anderson, que pediu demissão nesta terça-feira (10), segundo outro oficial. Tata foi indicado para ser subsecretário de políticas de defesa neste ano, mas o seu nome foi retirado após enfrentar oposição de ambos os principais partidos.


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