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Teste de míssil intercontinental da Coreia do Norte falha, diz governo da Coreia do Sul

ICBM é o míssil balístico intercontinental mais poderoso que o país tem


CNN

Publicada em: 03/11/2022 09:24:51 - Atualizado

MUNDO: O suposto lançamento da Coreia do Norte de seu mais poderoso míssil balístico intercontinental (ICBM) falhou na quinta-feira , de acordo com uma fonte do governo sul-coreano.

Enquanto isso, Pyongyang, capital da Coreia do Norte, intensificou sua bateria de testes de mísseis em um cenário de exercícios militares dos EUA e da Coreia do Sul que estavam programados para terminar na sexta.

No entanto, poucas horas após o suposto teste ter fracassado, Washington e Seul concordaram em estender esses exercícios em larga escala para uma data ainda desconhecida, de acordo com um comunicado da Força Aérea da Coreia do Sul, que disse que “era necessário demonstrar uma sólida postura de defesa combinada” da aliança bilateral sob a atual crise de segurança, intensificada pelas provocações da Coreia do Norte”.

Os exercícios conjuntos, denominados “Vigilant Storm”, começaram na segunda-feira e envolvem 240 aeronaves e “milhares de militares” dos dois países, segundo o Departamento de Defesa dos EUA.

A Coreia do Norte se opôs a esses exercícios em declarações divulgadas nesta semana, antes de aumentar as tensões na península com uma enxurrada de testes de armas na quarta e quinta-feira.

Suposto ICBM teste

O ICBM teria sido lançado da costa oeste da Coreia do Norte por volta das 7h39, hora local, e voado cerca de 750 quilômetros (466 milhas) antes de cair no Mar do Japão, também conhecido como Mar do Leste, a leste da Península Coreana, disse o Ministério da Defesa do Japão.

A fonte do governo sul-coreano disse que as autoridades suspeitam que seja um Hwasong-17, o míssil balístico intercontinental mais avançado da Coreia do Norte, que foi testado com sucesso pela primeira vez em 24 de março.

Esse lançamento estabeleceu um novo padrão para Pyongyang, registrando a altitude mais alta e a maior duração de qualquer míssil norte-coreano já testado. O míssil atingiu uma altitude máxima de 6.248,5 quilômetros (3.905 milhas) e voou uma distância de 1.090 quilômetros (681 milhas), de acordo com um relatório da Agência Central de Notícias da Coreia na época. O tempo de voo foi de 68 minutos, acrescentou o relatório.

No entanto, uma fonte do governo sul-coreano disse à CNN que as autoridades acreditam que o míssil disparado na quinta-feira só conseguiu se separar no segundo estágio e parece ter falhado depois disso, caindo no mar entre a península coreana e o Japão. O lançamento de quinta-feira atingiu uma altitude máxima de cerca de 2.000 quilômetros (1.242 milhas), de acordo com o Ministério da Defesa do Japão – menos de um terço da altura recorde estabelecida em março.

No Japão, o suposto lançamento do ICMB desencadeou alertas para se abrigar nas prefeituras de Miyagi, Yamagata e Niigata, no norte, onde o gabinete do primeiro-ministro japonês inicialmente disse que deveria sobrevoar. O Ministério da Defesa do Japão avaliou mais tarde que o míssil não atravessou o Japão.

A Coreia do Norte seguiu o suposto teste do ICBM na quinta-feira com dois lançamentos de mísseis balísticos de curto alcance, segundo a Coreia do Sul e o Japão.

Em um comunicado na quinta-feira, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) disse que os repetidos lançamentos de mísseis balísticos de Pyongyang “são uma séria provocação que prejudica a paz e a estabilidade não apenas da Península Coreana, mas também da comunidade internacional”.

Os testes de quinta-feira acontecem poucas horas antes do secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, se encontrar com seu colega sul-coreano Lee Jong-sup no Pentágono.

A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Adrienne Watson, disse em comunicado na quinta-feira que Washington “condena veementemente” os testes de mísseis balísticos da Coreia do Norte, dizendo que eles são uma “violação flagrante de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU e aumentam desnecessariamente as tensões e os riscos de desestabilizar a situação de segurança na região”.


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