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    porto velho, domingo 14 de dezembro de 2025

Infecção na bexiga pode ser sinal de alerta para câncer, diz estudo

Pesquisadores da BMJ Public Health identificaram que episódios de cistite aumentam o risco de câncer urológico...


Notícias ao Minuto

Publicada em: 17/09/2025 11:00:21 - Atualizado

Um surto de cistite, infecção comum da bexiga, pode ser um sinal de alerta para o desenvolvimento de câncer. A conclusão é de um estudo publicado na revista BMJ Public Health, que identificou maior risco nos três meses após o episódio da doença.

De acordo com os pesquisadores, embora as infecções urinárias sejam mais frequentes em mulheres, o desenvolvimento de câncer urológico após a cistite foi mais comum em homens. Entre os casos observados, o câncer de próstata representou 62% dos diagnósticos, seguido pelo de bexiga, com 16,5%. Quase 9,5% das pessoas analisadas desenvolveram algum tipo de câncer durante o estudo.

Os autores destacam que o risco aumentou em todas as faixas etárias, especialmente entre os pacientes que tiveram cistite. “As descobertas indicam que a cistite aguda pode ser um marcador clínico para o câncer urológico, já que os riscos foram mais elevados três meses após o diagnóstico”, aponta o estudo.

Os pesquisadores acrescentam que a própria presença de tumores urológicos pode elevar a ocorrência de cistite, devido ao comprometimento do trato urinário e do sistema imunológico.

Tabagismo e câncer de pâncreas

Outro estudo, publicado na revista Cancer Discovery, relacionou o tabagismo ao aumento expressivo no risco de câncer de pâncreas. Os cientistas apontam que substâncias químicas presentes nos cigarros e também em alguns elementos do meio ambiente podem estimular a produção da interleucina-22, proteína associada ao crescimento mais agressivo dos tumores.

Em testes com animais, os pesquisadores verificaram que a substância química encontrada no tabaco acelerou a expansão do câncer e sua disseminação pelo corpo. “Foi realmente dramático”, afirmou Timothy L. Frankel, um dos responsáveis pelo estudo.

Os cientistas também investigaram o papel das células T reguladoras, que produzem IL-22, mas ao mesmo tempo inibem a imunidade contra os tumores. “É um ataque duplo. Quando eliminamos essas células dos animais, conseguimos reverter o efeito do produto químico do cigarro no crescimento do tumor”, explicou Frankel.


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