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    porto velho, quarta-feira 17 de setembro de 2025

Infecção na bexiga pode ser sinal de alerta para câncer, diz estudo

Pesquisadores da BMJ Public Health identificaram que episódios de cistite aumentam o risco de câncer urológico...


Notícias ao Minuto

Publicada em: 17/09/2025 11:00:21 - Atualizado

Um surto de cistite, infecção comum da bexiga, pode ser um sinal de alerta para o desenvolvimento de câncer. A conclusão é de um estudo publicado na revista BMJ Public Health, que identificou maior risco nos três meses após o episódio da doença.

De acordo com os pesquisadores, embora as infecções urinárias sejam mais frequentes em mulheres, o desenvolvimento de câncer urológico após a cistite foi mais comum em homens. Entre os casos observados, o câncer de próstata representou 62% dos diagnósticos, seguido pelo de bexiga, com 16,5%. Quase 9,5% das pessoas analisadas desenvolveram algum tipo de câncer durante o estudo.

Os autores destacam que o risco aumentou em todas as faixas etárias, especialmente entre os pacientes que tiveram cistite. “As descobertas indicam que a cistite aguda pode ser um marcador clínico para o câncer urológico, já que os riscos foram mais elevados três meses após o diagnóstico”, aponta o estudo.

Os pesquisadores acrescentam que a própria presença de tumores urológicos pode elevar a ocorrência de cistite, devido ao comprometimento do trato urinário e do sistema imunológico.

Tabagismo e câncer de pâncreas

Outro estudo, publicado na revista Cancer Discovery, relacionou o tabagismo ao aumento expressivo no risco de câncer de pâncreas. Os cientistas apontam que substâncias químicas presentes nos cigarros e também em alguns elementos do meio ambiente podem estimular a produção da interleucina-22, proteína associada ao crescimento mais agressivo dos tumores.

Em testes com animais, os pesquisadores verificaram que a substância química encontrada no tabaco acelerou a expansão do câncer e sua disseminação pelo corpo. “Foi realmente dramático”, afirmou Timothy L. Frankel, um dos responsáveis pelo estudo.

Os cientistas também investigaram o papel das células T reguladoras, que produzem IL-22, mas ao mesmo tempo inibem a imunidade contra os tumores. “É um ataque duplo. Quando eliminamos essas células dos animais, conseguimos reverter o efeito do produto químico do cigarro no crescimento do tumor”, explicou Frankel.


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