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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
A doença de Alzheimer continua a ser um dos males mais incompreendidos da ciência. A procura incansável por uma causa mantém-se ativa e, aos poucos, vão surgindo novos indícios do que pode, na verdade, estar na origem daquela que é uma das doenças do século e que ainda carece de cura.
A mais recente descoberta, levada a cabo por cientistas da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, defende que o aparecimento de Alzheimer em idade tardia - isto é, já na terceira idade - pode ser por culpa do metabolismo da pessoa, mais concretamente, da forma como o corpo produz e usa energia.
Esta conclusão, publicada na revista científica Scientific Reports da Nature, surgiu depois de os médicos terem analisado células de pele de alguns pacientes com Alzheimer tardio e terem notado que esses mesmos pacientes apresentavam uma disfunção das mitocôndrias, uma das principais 'ferramentas' do organismo para produzir energia.
Para os investigadores, conta o site Science Daily, a ligação entre o aparecimento de Alzheirmer e os distúrbios metabólicos pode ser justificada pelo simples facto de o cérebro ser um dos órgãos que mais energia requer ao longo da vida, ficando diretamente afetado quando a produção dessa mesma energia não é a melhor.
Em Portugal, o Alzheimer é a terceira causa de morte prematura em Portugal. Os dados, que remontam a 2016, mostram que os anos perdidos devido a esta doença aumentaram em 82,7% entre 1990 e o ano passado.
Embora ainda não tenha sido possível encontrar a cura para a doença de Alzheimer, o neurocientista Joseph Jebelli já traçou um plano de ação e mostra-se otimista na luta contra esta patologia. Como lhe contámos , o médico acredita que com o recurso a biomarcadores será possível prevenir a doença de Alzheimer nos próximos 10 a 20 anos.