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porto velho, terça-feira 15 de abril de 2025
BRASIL: Um casal dono de uma clínica de reabilitação foi preso nesta quinta-feira (10), em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, suspeito de envolvimento na morte de um ex-paciente. Além disso, eles são investigados por desviar R$ 143 mil da conta da vítima. O corpo foi encontrado no dia 26 de março.
De acordo com a Polícia Civil do Paraná, os donos da clínica de reabilitação começaram a ser investigados após o corpo de um homem ser encontrado na área rural. Além disso, o corpo apresentava ferimentos de faca. O homem foi identificado como Ricardo de Oliveira Osinski, que era ex-paciente da clínica.
Segundo as investigações, Ricardo foi internado na clínica dos suspeitos no dia 11 de março, após um acidente em uma pousada onde a vítima estava internada. O proprietário da clínica foi identificado como contato de emergência do paciente e foi acionado no local.
A polícia descobriu diversas transações do ex-paciente para para a clínica terapêutica e também para o proprietário. Segundo o delegado Luís Gustavo Timossi, algumas transações foram realizadas enquanto a vítima estava internada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
“Enquanto a vítima ainda estava hospitalizada na UPA, foram desviados R$ 86.500,00 (oitenta e seis mil e quinhentos reais) de sua conta bancária”, disse o delegado.
A polícia descobriu também que após ter alta da UPA, Ricardo não foi mais visto e os desvios da conta dele aumentaram, incluindo depois que foi encontrado morto. Um dia depois do corpo sem localizado, o casal adquiriu um par de bicicletas no valor de R$ 5 mil e realizou uma transferência de R$ 27 mil para a empresa.
Além das prisões temporárias, a Justiça determinou a expedição de mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao casal. Em uma das residências, as bicicletas adquiridas com o dinheiro da vítima foram localizadas.
Também foi determinado o bloqueio de bens e valores do casal e da clínica até o montante desviado.
“As evidências apontam para um crime premeditado com motivação financeira. Há fundada suspeita de que os suspeitos teriam se aproveitado da vulnerabilidade da vítima, que era dependente químico, para obter acesso às suas contas bancárias. Após realizarem os desvios, há suspeita de que Ricardo foi assassinado para que os desvios não fossem descobertos”, explicou o delegado Luís Gustavo de Souza Timossi.