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    porto velho, sábado 5 de julho de 2025

Saúde investiga caso de síndrome no Pará que pode ter sido causada pela poliomielite

Ministério tem tido dificuldade para atingir a meta de vacinar pelo menos 95% da população com menos de 5 anos de idade


CNN

Publicada em: 06/10/2022 17:49:31 - Atualizado

O Ministério da Saúde recebeu a notificação de um caso de paralisia flácida aguda de uma criança do município de Santo Antônio do Tauá (PA). A CNN apurou que, de acordo com as informações repassadas pela Secretaria de Estado da Saúde do Pará na quarta-feira (5), pode ser um caso de poliomielite causada pelo poliovírus circulante derivado de vacina.

O poliovírus circulante derivado de vacina por vezes é encontrado em populações que não foram completamente vacinadas. São chamados de ” derivados da vacina” porque são uma forma modificada de uma estirpe originalmente contida na vacina oral da poliomielite (VOP). A VOP contém uma forma viva, mas enfraquecida do poliovírus.

A paralisia flácida aguda (PFA) é uma síndrome clínica que em alguns casos traz sintomas como fraqueza nas pernas, dificuldade motora, alterações de despolarização que geram espasmos musculares e podem ser acompanhadas de atrofia muscular. Entre suas causas estão a poliomielite.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite encontra dificuldades de atingir a meta estabelecida de pelo menos 95% da população infantil menor de 5 anos.

A doença, também chamada de paralisia infantil, tem certificado de erradicação no país desde 1994, mas a baixa cobertura vacinal nos últimos anos preocupa especialistas. Segundo o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal está em torno de 60%.

De acordo com relatos feitos à CNN, a Secretaria da Saúde do Pará notificou o Ministério da Saúde, que deve enviar uma equipe de Vigilância em Saúde ao Estado para apurar o caso. Segundo o relatório clínico enviado à pasta federal, ao qual a CNN teve acesso, o paciente é uma criança de 3 anos de idade que tem registro de duas doses da vacina da pólio oral (VOP), sendo a primeira dose em 7 de junho de 2021 e a segunda em 20 de agosto deste ano, não constando registro de vacina da pólio inativada. Ou seja, a criança não estava com o esquema vacinal da doença completo.

Ainda segundo o relatório, a criança foi atendida no ambulatório, não chegou a ser internada e segue em observação. Já foi solicitado à Coordenação Estadual do Estado do Pará o resultado de exames clínicos e o histórico de doenças desta criança e avaliação de um neurologista.


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