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    porto velho, segunda-feira 21 de outubro de 2024

Seca severa afeta mais de 500 famílias em Jaci-Paraná, distrito de Porto Velho

A crise hídrica que assola a região de Jaci-Paraná, localizada a 90 km de Porto Velho, deixou mais de 500 famílias sem água há quase três meses...


Redação

Publicada em: 21/10/2024 14:22:29 - Atualizado

Água que 500 famílias tem a disposição para uso no distrito de Jaci-Paraná — Foto: Reprodução

JACI-PARANÁ, RO: A crise hídrica que assola a região de Jaci-Paraná, localizada a 90 km de Porto Velho, deixou mais de 500 famílias sem água há quase três meses. Com a seca extrema no rio Madeira, os poços artesianos, que eram a principal fonte de água para a comunidade, secaram, deixando os moradores sem acesso a água potável para necessidades básicas, como beber, cozinhar e tomar banho.

Maria Francineide, uma das moradoras do distrito, relata que a situação é desesperadora. “Estamos sem água para nada. As crianças vão à escola sem tomar banho, e muitos mal conseguem se alimentar direito, pois falta água até para cozinhar,” desabafou. Mesmo com a recente ocorrência de chuvas na região, a seca continua impactando a comunidade, sem sinais de melhora.

A prefeitura de Porto Velho informou que solicitou ajuda da Companhia de Águas e Esgotos (Caerd) para abastecer a população de Jaci-Paraná, mas os moradores afirmam que a única assistência efetiva até o momento vem de voluntários, que doam água mineral e enviam caminhões-pipa para socorrer as famílias.

O rio Madeira, um dos maiores afluentes do Amazonas, atingiu uma marca histórica de baixa, com apenas 19 centímetros de profundidade há cerca de uma semana. Embora tenha havido uma leve recuperação no nível do rio, isso não foi suficiente para reverter a crise hídrica. A seca prolongada também está impactando outras atividades da região, como o transporte fluvial e a geração de energia. As hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio estão operando de forma reduzida, devido à baixa vazão do rio, ameaçando a integridade dos equipamentos.

Moradores de áreas ribeirinhas, como o distrito de Calama, também sofrem as consequências da seca. O rio, que antes era uma via navegável essencial para a região, agora está coberto por extensos bancos de areia, forçando pescadores e ribeirinhos a encontrar formas alternativas de locomoção.

A situação é crítica e exige uma resposta rápida e eficaz para evitar o agravamento da crise.


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