Fundado em 11/10/2001
porto velho, quinta-feira 21 de agosto de 2025
PORTO VELHO-RO: A tão aguardada estreia do deputado federal Rafael Fera (Podemos-RO) na Câmara dos Deputados não poderia ter sido mais desastrosa. No lugar de um discurso firme, articulado e que marcasse sua entrada no Congresso, o que se viu foi uma verdadeira pixotada política que rapidamente se espalhou pelas redes sociais e virou motivo de chacota não apenas em Rondônia, mas em todo o país.
O parlamentar, que assumiu a vaga após a saída de Lebrão, parecia disposto a mostrar força e garra em seu primeiro pronunciamento. No entanto, o efeito foi exatamente o contrário: nervosismo, gaguejadas, frases desconexas e um repertório pobre que deixou aliados constrangidos e opositores em festa. A estreia, em vez de exibir a figura de um “fera da política”, expôs um estreante perdido em meio ao plenário, onde de fato estavam as ‘feras’...
O vexame foi tamanho que até seus próprios apoiadores já começaram a sugerir, em tom de deboche, que o deputado deveria rever o sobrenome político. A alcunha “Fera”, que pretendia transmitir imponência, hoje soa como exagero. Nos corredores políticos de Porto Velho e até em Brasília, o apelido que circula é outro: “RAFAEL BRANDO” — uma referência nada generosa ao contraste entre a expectativa criada e a realidade entregue.
O episódio reforça um padrão cada vez mais visível na política rondoniense: nomes que chegam ao poder embalados por slogans fortes, mas que, no teste da tribuna, escorregam em tropeços básicos. No caso de Rafael, a imagem de fera se dissolveu no primeiro rugido, que mais parecia um miado.
Agora, resta saber se o deputado vai se recuperar da péssima estreia e mostrar serviço de verdade, ou se ficará marcado apenas como mais um parlamentar que prometia muito no nome, mas entregou pouco no discurso e virou chacota nacional.