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porto velho, sábado 23 de agosto de 2025
RONDÔNIA - Agosto, historicamente lembrado pelo céu encoberto de fumaça, hospitais lotados de pacientes com problemas respiratórios e até o fechamento de aeroportos devido à baixa visibilidade, caminha para o fim em Rondônia com uma realidade inesperada: as queimadas praticamente não deram as caras neste ano.
Tradicionalmente, esse é o período mais crítico do calendário amazônico, quando o clima seco, aliado à ação humana, provoca verdadeiros colapsos ambientais e sociais. No entanto, em 2025, a situação mostrou-se diferente. Os focos de incêndio foram tão reduzidos que, se comparados a anos anteriores, parecem quase inexistentes.
Nos hospitais, a mudança foi perceptível: as alas que costumavam receber crianças e idosos em grande número, com crises respiratórias agravadas pela fumaça, registraram demanda muito menor. O Aeroporto Internacional de Porto Velho, que em outros agostos chegou a suspender voos por falta de visibilidade, manteve sua rotina sem sobressaltos.
Especialistas apontam que fatores climáticos, combinados a maior vigilância e conscientização, podem ter contribuído para o resultado positivo. Contudo, lembram que a temporada de estiagem ainda não terminou e que a atenção deve ser mantida para evitar que novos focos surjam de forma repentina.
Seja como for, agosto de 2025 ficará marcado como uma exceção. Um mês em que, ao contrário da regra de anos passados, a população não viveu sob a sombra sufocante da fumaça — uma trégua inesperada e bem-vinda para o meio ambiente e para a saúde pública em Rondônia.