Fundado em 11/10/2001
porto velho, sábado 1 de fevereiro de 2025
Criado em 1991 por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, o Mercosul tinha como objetivo ampliar o livre comércio entre as nações, a livre circulação de bens e serviços; a adoção de uma política comercial comum em relação a terceiros; e a coordenação de políticas macroeconômicas entre os países membros.
O bloco possui um acordo comercial com a União Europeia, firmado em 2019, mas as negociações para que ele seja implementado estão paralisadas. Os termos dessa aliança precisam ser ratificados por todos os países membros de ambos os blocos.
Hoje a Venezuela também é considerada “Estado Parte” do bloco, mas está suspensa. Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Guiana e Suriname são considerados “Estados Associados”.
Está agendada para esta quinta-feira (21), no Paraguai, uma reunião do Mercosul. O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou, no entanto, em declaração, que não irá ao encontro.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT):
A integração regional terá centralidade na nova política externa de um terceiro mandato do presidente Lula.
Nosso entendimento é que defender a nossa soberania é defender a integração da América do Sul, da América Latina e do Caribe, com vistas a manter a segurança regional e a promoção de um desenvolvimento integrado de nossa região, com base em complementaridades produtivas potenciais entre nossos países. É fortalecer novamente o Mercosul, a Unasul, a Celac e os Brics.
É estabelecer livremente as parcerias que forem as melhores para o país, sem submissão a quem quer que seja. É trabalhar pela construção de uma nova ordem global comprometida com o multilateralismo, o respeito à soberania das nações, a paz, a inclusão social e a sustentabilidade ambiental, que contemple as necessidades e os interesses dos países em desenvolvimento, com novas diretrizes para o comércio exterior, a integração comercial e as parcerias internacionais.
Nesse sentido, será necessário voltar a investir na infraestrutura e na integração física da América do Sul. Além disso, será preciso ativar as complementaridades econômicas e científico-tecnológicas da região. Teremos de criar e fortalecer cadeias produtivas regionais, de modo a assentar a integração em bases mais sólidas e permanentes.
Jair Bolsonaro (PL):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação. Questionado na segunda-feira (18) sobre o motivo do não comparecimento à reunião desta semana, Bolsonaro respondeu que tinha “problemas para resolver” no Brasil.
Ciro Gomes (PDT):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
André Janones (Avante):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
Simone Tebet (MDB):
A pré-candidata não respondeu até o momento da publicação.
Pablo Marçal (Pros):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
Felipe d’Avila (Novo):
O Mercosul foi concebido com a ideia de expandir a participação dos países no comércio global, não só entre os membros, mas com a União Europeia, o resto das Américas e do mundo.
No entanto, nos últimos anos, o Mercosul vem fazendo exatamente o contrário: criando barreiras e dificultando o comércio entre as nações.
Devemos resgatar o propósito original da instituição e ampliar as negociações com o mundo todo, diminuindo barreiras tarifárias e burocráticas para o comércio. As cadeias globais de valor são um dos principais motores do desenvolvimento econômico, e o Mercosul deve auxiliar seus membros a se inserirem nelas.
José Maria Eymael (DC):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
Leonardo Pericles (UP):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
Luciano Bivar (União Brasil):
O pré-candidato não respondeu até o momento da publicação.
Sofia Manzano (PCB):
O Mercosul já tem 31 anos e, até hoje, não promoveu nenhum processo de integração da América do Sul para além de eliminar barreiras alfandegárias que interessam ao grande capital imperialista internacional que opera nesses países sul-americanos.
Na verdade, como os países têm um processo de desenvolvimento e são competitivos e esses países estão dominados por estruturas políticas e econômicas — em que interessa muito mais a exploração da força de trabalho do que uma integração econômica e social mais efetiva–, o Mercosul não tem apresentado grandes avanços para a classe trabalhadora dos países sul-americanos.