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porto velho, sexta-feira 10 de outubro de 2025
BRASIL: O Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical), cujo vice-presidente é José Ferreira da Silva, conhecido por Frei Chico, irmão do presidente Lula, é um dos alvos da 2ª fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União) nesta quinta-feira (9).
Durante a ação, foram cumpridos 66 mandados de busca e apreensão em nos estados de São Paulo, Sergipe, Amazonas, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e no Distrito Federal.
Em nota, a defesa afirmou que não teve “acesso ao inquérito policial, ao conteúdo das razões da representação policial ou dos fundamentos da decisão que autorizou a deflagração da medida cautelar (veja a nota completa a seguir).
Segundo a corporação, a ação de hoje tem o objetivo de aprofundar as investigações e esclarecer a prática de crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa e atos de ocultação e dilapidação patrimonial.
O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (SINDNAPI), por meio de seus advogados, manifesta sua surpresa com o cumprimento de mandados de busca e apreensão na manhã de hoje em sua sede em São Paulo, bem como na casa de seu Presidente e alguns Diretores, em operação deflagrada pela Polícia Federal em nova fase da “Operação Sem Desconto”.
Esclareça-se que os advogados não tiveram acesso ao inquérito policial, ao conteúdo das razões da representação policial ou dos fundamentos da decisão que autorizou a deflagração da medida cautelar, mas reitera seu absoluto repúdio e indignação com quaisquer alegações de que foram praticados delitos em sua administração ou que foram realizados descontos indevidos de seus associados.
A exemplo do procedimento adotado nas demais demandas judiciais, o SINDNAPI comprovará a lisura e legalidade de sua atuação, sempre em prol de seus associados, garantindo-lhes a dignidade e respeito que são devidos
A primeira fase da operação foi deflagrada em abril deste ano, quando policiais federais e servidores da CGU cumpriram 211 mandados judiciais, incluindo ordens de busca e apreensão, sequestro de bens, avaliados em mais de R$ 1 bilhão, e seis mandados de prisão temporária.
Na época, o prejuízo estimado era de R$ 6,3 bilhões, acumulados entre os anos de 2019 e 2024.
De acordo com as investigações, o esquema envolvia entidades que aplicavam os descontos diretamente sobre os benefícios previdenciários, com a suposta ajuda de agentes públicos e uso indevido de dados dos beneficiários.
Em setembro, o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, foi preso pela corporação durante outra ação desdobramento da Operação Sem Desconto.
Preso no Distrito Federal, Antunes é apontado pela PF como um dos possíveis operadores do esquema de fraudes que somou mais de R$ 6,3 bilhões em descontos ilegais de beneficiários.