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porto velho, sexta-feira 10 de outubro de 2025
PORTO VELHO-RO: Com o afastamento de Ivo Cassol-PP da corrida ao Governo de Rondônia, o cenário político do Estado começa a ganhar forma para a disputa de 2026, com quatro nomes se destacando como os principais protagonistas: Sérgio Gonçalves-União, Adailton Fúria-PSD, Hildon Chaves-PSDB e Fernando Máximo-União.
Com a provável saída de Marcos Rocha para disputar o Senado, o vice-governador Sérgio Gonçalves deve assumir o comando do Estado, tornando-se forte candidato natural à reeleição. Sua presença tem sido cada vez mais marcante em eventos pelo interior e na capital, num movimento que sinaliza articulação, preparo e visibilidade. O desafio, entretanto, está na relação política com o atual governador, que ainda demanda ajustes e acordos internos.
Adailton Fúria, prefeito de Cacoal, segue consolidando sua imagem como liderança regional de expressão, embora seja ainda pouco conhecido do eleitorado em nível de Estado, enquanto Hildon Chaves, ex-prefeito de Porto Velho, mantém influência política e respaldo entre lideranças urbanas, mas precisa penetrar policitamente na hinterlândia rondoniense.
Já o deputado federal Fernando Máximo desponta com forte apelo popular e sólida base eleitoral, figurando entre os favoritos nas pesquisas iniciais, mas precisa desvencilhar-se do processo que responde ocasionado por suposta malversação de recursos do erário durante a pandemia, e que certamente virá à tona quando sua pretensão ganhar mais corpo.
Acrescente-se ainda que, com a saída de Marcos Rogério do tabuleiro, que ao que tudo indica deve mesmo ir para a reeleição, o quadro tende a se estabilizar entre esses quatro concorrentes, ao menos momentaneamente.
Ainda há, no entanto, especulações sobre uma possível entrada do senador Jaime Bagattoli-PL na disputa, embora que, sendo aguerrido no bolnarismo, não é conhecido de uma parcela grande do eleitoral, sobretudo na capital, cujo reduto ainda precisa se fazer mais presente e conhecido, mas, até o momento, ele não confirmou esse interesse.
A um ano da eleição, o jogo ainda está aberto — e a força de quem ocupará o governo durante a transição pode redefinir completamente as chances de cada candidato.