PORTO VELHO-RO: O MDB rondoniense atravessa um período de turbulência. Com a direção estadual fragilizada e o presidente Lúcio Mosquini afastado, a legenda tenta reorganizar sua base, numa corrida para regularizar diretórios e alcançar presença ativa nos 52 municípios, com prioridade em ao menos 30.

Nesta semana, o secretário-geral José Luiz Lenzi comandou visitas a Vilhena e outras cidades do Cone Sul, seguindo diretrizes do senador Confúcio Moura. Contudo, a influência de Confúcio enfrenta forte desgaste: seu apoio declarado ao presidente Lula gera resistência em um estado majoritariamente alinhado ao bolsonarismo, tornando sua liderança um ponto de atrito dentro e fora do partido.

Enquanto a cúpula tenta manter a sigla respirando, nomes históricos preparam-se para deixar o MDB. O ex-ministro e ex-senador Amir Lando, que deve disputar uma vaga na Câmara Federal, já conversa com outras legendas. Na mesma rota segue Valdir Raupp, figura marcante da política rondoniense, que dificilmente retornará às urnas com as cores emedebistas.

A debandada deve se intensificar com a abertura da “janela partidária”. Até mesmo o presidente licenciado Lúcio Mosquini já admitiu buscar novo abrigo político. Assim, o MDB, outrora força dominante no estado, assiste a seus líderes mais emblemáticos levantarem voo, deixando para trás uma sigla em crise e marcada pelo desgaste de sua principal liderança.