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    porto velho, terça-feira 26 de agosto de 2025

Deputado Fernando Máximo envergonha Rondônia após “exposed” de lobismo com a Meta

Deputado não queria que redes sociais fossem punidas por omissão


Redação

Publicada em: 26/08/2025 08:56:12 - Atualizado


PORTO VELHO (RO) - O vídeo do influenciador Felipe Bressanim, o Felca, que denuncia a exploração de crianças em conteúdos adultizados e erotizados nas redes sociais, ultrapassou 40 milhões de visualizações e abriu uma discussão internacional sobre responsabilidade digital. 

A repercussão acabou também expondo a atuação de parlamentares que, apesar de se apresentarem como defensores da infância, trabalham nos bastidores em defesa das grandes empresas de tecnologia, que insistem em manter as plataformas como um território sem lei — ambiente propício a predadores sexuais.

Entre esses deputados está o rondoniense Fernando Máximo, acusado de ter atuado como lobista da Meta (empresa que controla Facebook e Instagram). Reportagens revelaram que ele apresentou emendas a um projeto de lei que, na prática, afrouxariam regras de responsabilização das redes sociais em casos de abusos contra crianças.

A situação piorou quando veio à tona que duas dessas emendas não foram sequer redigidas por Máximo, mas sim por Marconi Borges Machado, executivo da Meta que ocupa desde 2017 o cargo de gerente de políticas públicas da empresa. Ou seja, o parlamentar utilizou o mandato federal para defender interesses empresariais privados.

Entre as mudanças defendidas pelo deputado estavam propostas para liberar as plataformas da obrigação de apresentar relatórios de moderação de conteúdo e até mesmo excluir a possibilidade de responsabilização criminal das empresas por postagens e vídeos de cunho sexual envolvendo menores de idade.

Diante da gravidade dos fatos, um escritório de advocacia de Porto Velho (RO) anunciou que pedirá a cassação do mandato de Máximo no Conselho de Ética da Câmara.

As emendas apresentadas pelo deputado a mando da Meta, no entanto, não foram aprovadas.


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