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porto velho, quinta-feira 18 de setembro de 2025
Levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública indica que a presença de profissionais das forças de segurança federais, estaduais e distritais em redes bolsonaristas aumentou quatro pontos percentuais (27%) entre 2020 e 2021, de 17% para 21%. Já os que interagem nas redes em ambientes bolsonaristas radicais, onde circulam ideias antidemocráticas, como pedidos pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), também cresceram em quatro pontos percentuais (24%), de 13% em 2020 para 17% este ano.
“Se todos os policiais militares, civis e federais tivessem perfis no Facebook e Instagram, os percentuais da pesquisa seriam proporcionais a 209.062 profissionais dessas corporações que estão interagindo em ambientes bolsonaristas. Desses, 116.094 em ambientes radicalizados que advogam atos antidemocráticos”, explica o sociólogo Renato Sérgio de Lima, que preside o FBSP.
O especialista avalia que o aumento expressivo da radicalização não acontece apenas entre os membros de forças de segurança. Nota-se que é uma resposta à postura cada vez mais extremada do próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Não é algo específico dos policiais, porque essa radicalização tem acontecido em várias esferas do cotidiano da política”, frisa Renato Sérgio.