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    porto velho, quarta-feira 16 de julho de 2025

Frigoríficos de MS paralisam produção de carne para os EUA após tarifaço de Trump

Entenda o impacto imediato da nova tarifa dos EUA para a carne brasileira


agroemcampo

Publicada em: 15/07/2025 17:45:57 - Atualizado


BRASIL: Frigoríficos de Mato Grosso do Sul suspenderam a produção e o envio de carne bovina destinada aos Estados Unidos. Isso após a decisão do governo americano, liderado por Donald Trump, de impor uma tarifa extra de 50% sobre produtos brasileiros. A medida foi confirmada pelo governo do estado e pelo Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul (Sincadems). E reflete o cenário de inviabilidade econômica para exportação diante do novo patamar tarifário.

A suspensão da produção é uma medida preventiva adotada pelos frigoríficos, já que o transporte até o mercado norte-americano pode levar cerca de 30 dias, período em que a nova tarifa já estará em vigor. Segundo representantes do setor, o repentino aumento dos custos tornou os contratos de exportação impraticáveis, levando à interrupção das atividades voltadas ao mercado dos EUA.

Consequências econômicas para produtores rurais e indústria

O Mato Grosso do Sul é um dos estados líderes na exportação de carne bovina para os EUA, tendo registrado forte aumento nas vendas nos primeiros meses de 2025.

A paralisação nas plantas frigoríficas teve efeito cascata. Produtores rurais relatam queda na demanda por gado e aumentam temores de prejuízos financeiros e demissões no setor.

A cadeia produtiva local pressiona o governo federal por uma resposta diplomática rápida e pela abertura de negociações que possam minimizar os impactos do novo tarifaço.

Reação do mercado e perspectiva para os próximos meses

Com os embarques suspensos, empresas avaliam redirecionar produtos para outros mercados ou mesmo reduzir temporariamente o ritmo de abate. Isso enquanto aguardam desdobramentos das negociações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos. O temor é que, caso a situação se prolongue, haja fechamento definitivo de linhas de produção voltadas exclusivamente à exportação norte-americana.

A situação permanece em aberto, com frigoríficos, produtores e autoridades intensificando articulações para reverter ou compensar as perdas, enquanto a apreensão domina o ambiente econômico regional.


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