O goleiro Júlio César, de 38 anos, está de volta ao Flamengo. O jogador assinou contrato por três meses com o clube rubro-negro, até o fim do Campeonato Carioca.
Apresentado, nesta segunda-feira (29), como novo reforço, Júlio César comemorou a oportunidade de encerrar a carreira no clube onde iniciou e pelo qual torce.
"Ponderei muito se iria parar de jgoar ou não. Mas, devido à minha história no futebol e nesse clube, não poderia encerrar a carreira sem fechar essa página".
Júlio espera utilizar a experiência para auxiliar os goleiros do clube, especialmente os mais jovens — Thiago e César —, mas garantiu que está preparado para jogar, caso seja necessário.
"Chego para somar e colaborar, especialmente com os mais jovens. O fato de jogar ou não jogar não vai me incomodar. Vou trabalhar para poder jogar, mas sempre com muito respeito. Tive uma conversar com o Paulo (César Carpegiani, treinador) e, se ele entender que tiver alguma partida que puder jogar, vou ficar muito feliz, porque tenho saudade do contato com o torcedor, de vestir a camisa do Flamengo.Vou trabalhar muito para estar pronto", revelou o goleiro, que vai utilizar a camisa número 12.
O atleta também afirmou que não pretende estender o contrato com clube para o restante da temporada, mesmo que esteja em boas condições físicas e técnicas.
“É uma situação definida. Por mais que tenha oportunidade de jogar, entendo que, hoje, o Flamengo não necessita, tem grandes goleiros. É um projeto de três meses para que encerre a minha carreira no fim do Carioca, junto com a minha família e a torcida, que sempre me abraçou”.
Júlio comemorou ainda a possibilidade de voltar a atuar ao lado do zagueiro Juan, com quem iniciou na categorias de base flamenguista e foi companheiro na seleção brasileira.
Seleção Brasileira
Júlio César contou que as participações nas duas últimas Copas do Mundo (África do Sul e Brasil) o obrigaram a fazer uma reflexão da carreira, mas frisou que os episódios foram superados e fez um balanço positivo da sua história na seleção brasileira.
“Acredito que a minha história na seleção foi bacana. Infelizmente, aconteceram coisas que a gente não contava. Faria tudo de novo, sem dúvida. Faltou uma Copa do Mundo. Todos sabem a obsessão que tinha para ganhar uma Copa. Foi uma coisa mais complicada daquilo que almejava, especialmente aquele final da Copa de 2014. Mas são coisas que acontecem na vida e que você precisa saber extrair algo de bom. Procurei um reencontro psicólogo, tentar me reerguer o mais rápido possível. Sou uma pessoa melhor, um homem melhor devido a esses acontecimentos”.