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porto velho, segunda-feira 24 de fevereiro de 2025
PORTO VELHO-RO: Um dos trechos mais movimentados e estratégicos da BR-364, entre Vilhena e Porto Velho, pode ter seu destino selado nesta quinta-feira (27), em São Paulo.
O leilão que definirá a empresa responsável pela concessão de 700 quilômetros da rodovia promete trazer investimentos bilionários, mas também levanta debates acalorados sobre o impacto dos pedágios na economia regional.
A concessão terá duração de 30 anos e prevê melhorias significativas na infraestrutura da rodovia. Entre os compromissos assumidos pela futura administradora estão a duplicação de 100 quilômetros, implantação de segundas pistas laterais em pontos estratégicos, além de manutenção contínua e estruturas de apoio ao longo da estrada.
O investimento estimado é de R$ 6 bilhões, montante que, segundo projeções, poderá ser recuperado em menos de oito anos – o que significa mais de duas décadas de operação gerando lucro para a concessionária.
Sete pedágios ao longo do trecho: custo ou benefício?
O ponto mais controverso do projeto é a instalação de sete praças de pedágio, distribuídas a cada 100 quilômetros. O último deles estará localizado próximo à entrada de Porto Velho, antes da área urbana de Candeias do Jamari.
Para muitos motoristas e empresários da região, a cobrança adicional representa um peso financeiro considerável, especialmente para o transporte de cargas, setor vital para a economia do Estado.
Enquanto defensores da concessão argumentam que a iniciativa trará mais segurança e infraestrutura para uma rodovia historicamente problemática, críticos temem que o custo dos pedágios acabe prejudicando produtores e comerciantes que dependem da BR-364 para escoar mercadorias.
Com a decisão final marcada para esta semana, a expectativa é grande. O resultado do leilão poderá mudar a realidade da principal via de ligação de Rondônia com o restante do país, trazendo investimentos e melhorias, mas também desafios para quem utiliza diariamente esse trecho essencial para a economia local.