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    porto velho, quarta-feira 5 de novembro de 2025

“O povo não quer saber de disputa de poder”, diz Sérgio Gonçalves

O vice-governador de Rondônia foi o convidado desta quarta-feira (5)


Redação

Publicada em: 05/11/2025 13:25:08 - Atualizado


PORTO VELHO (RO) - Apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá, o programa A Voz do Povo desta quarta-feira (5) recebeu o vice-governador do Estado de Rondônia, Sérgio Gonçalves, que falou sobre as ações do Poder Executivo e seus planos para 2026.

O vice-governador afirmou que tem percorrido o Estado ouvindo a população e atuando como intermediário entre as reais necessidades do povo e as ações do poder público.

“Estamos na rua ouvindo a população. A gente sabe que o melhor lugar para estar é na rua, para ouvir as verdades e as necessidades do nosso povo. Hoje temos dois temas principais: a saúde pública e a segurança. Esses dois temas são as dores mais latentes da nossa comunidade”, disse Sérgio Gonçalves.

Ele comentou também sobre sua recente visita ao Pronto-Socorro João Paulo II, onde pôde constatar de perto a situação da principal unidade de saúde de Rondônia.

“Temos conversado com os profissionais da saúde e sabemos que há pontos que precisam melhorar, até porque quem precisa de atendimento tem pressa. O João Paulo II recebe muitas críticas, mas estive no local para ouvir servidores e pacientes”, afirmou.

Segundo Gonçalves, há medidas que podem ser implementadas para melhorar o atendimento e a estrutura dos hospitais estaduais.

“Primeiro é necessário implantar sistemas básicos de gestão na saúde. Por exemplo, não podemos correr o risco de faltar insumos essenciais em uma unidade. Ainda temos uma deficiência grande nesse ponto porque não há um sistema organizado”, destacou.

O serviço prestado na Policlínica Oswaldo Cruz também foi pauta da entrevista.

“A Policlínica Oswaldo Cruz ainda tem muito a melhorar. Estive lá para conversar com servidores e pacientes, e a boa notícia é que todos querem e sabem que é possível melhorar. Sabemos das deficiências de infraestrutura e estamos empenhados em resolver isso”, reforçou o vice-governador.

A parceria entre o poder público e o setor privado foi ressaltada por Gonçalves como uma via importante para solucionar problemas e fortalecer a comunidade.

“Muitas empresas se dispõem a contribuir socialmente, inclusive aqui no Estado. A Gazin foi uma delas, que, por meio do Instituto Mário Gazin, contribuiu com a reforma de espaços e equipamentos para cirurgias urológicas”, revelou.

Durante a entrevista, ele também abordou os desafios de planejamento e execução das políticas públicas.

“Quanto mais o Estado cresce, maior é a demanda pelos serviços públicos. Isso cria um descompasso e impõe um ritmo lento, como se o serviço público andasse a 30 km/h. O agronegócio, por exemplo, cresce em velocidade muito maior, o que exige planejamento eficiente e execução no ritmo certo. Basta olhar para estados vizinhos onde o agronegócio é forte”, pontuou.

A recente decisão da Justiça de Rondônia, que impediu o governador Marcos Rocha de governar o Estado de forma remota, também foi tema da conversa.

“Acompanhei pelos meios de comunicação e penso que a Justiça trouxe luz ao cumprimento da lei. Como vice-governador, sempre estive à disposição do Estado, e o foco é o trabalho. A população paga muito imposto e está pouco preocupada com disputa de poder. Temos temas muito mais importantes, como o serviço público”, comentou.

Gonçalves também esclareceu como está sua relação com o governador.

“A relação é de respeito. Temos tido pouco contato, mas sabemos que há problemas que precisam ser resolvidos. A população tem pressa — ou você gasta sua energia com poder e ego, ou gasta com aquilo que é necessário para a população”, afirmou.

Por fim, o vice-governador reafirmou que segue como pré-candidato ao governo de Rondônia em 2026 e destacou a necessidade de lideranças comprometidas com o Estado.

“A população clama por pessoas que resolvam os problemas reais. Enxergo com muita animação uma possível corrida ao governo em 2026. Infelizmente existe um jogo político muito sujo, mas nosso sistema de valores é diferente. Em vez de prejudicar os outros, preferimos gastar nosso tempo com trabalho”, finalizou Sérgio Gonçalves.

Veja vídeo: 


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