PORTO VELHO - RO - O tabuleiro político de Rondônia começa a se definir para as eleições estaduais, e o cenário, por enquanto, é amplamente favorável ao vice-governador Sérgio Gonçalves, uma vez que o atual governador, Marcos Rocha deixará o governo em abril para se candidatar ao senado, cumprindo legislação eleitoral, e ele assumirá o cargo de chefe do executivo rondoniense.

Portanto, como pré-candidato natural da legenda União Brasil, Gonçalves é considerado no cenário atual, a única pré-candidatura posta considerada como certa, enquanto as demais ainda dependem de fatores da conjuntura política.

Outro trunfo de Gonçalves é que com a máquina na mão, poderá formar uma chapa competitiva tanto para a Câmara dos Deputados, quanto para Assembleia Legislativa, garantindo capilaridade e musculatura política em todas as regiões. Analistas destacam que essa articulação deve facilitar alianças e impulsionar sua presença e maior divulgação de sua imagem junto ao eleitorado.

Gonçalves tem postura tímida, seu nome precisa penetrar mais nas camadas menos favorecidas da população, mas, apesar disso, com microfone na mão, ele tem conhecimento geral do estado e desenvoltura para falar de seu desenvolvimento e projeção futura. 

Na postulação ao Senado de Marcos Rocha (União Brasil), ele aposta no recall de sua gestão e na rede de apoios construídos ao longo do mandato para tentar ocupar uma das vagas em Brasília, hoje disputadas a tapa.

Por seu turno, a deputada federal Silvia Cristina (PP), surge como outro nome bastante competitivo, especialmente pelo trabalho desenvolvido na área da saúde e pela habilidade de dialogar com diferentes grupos políticos e, principalmente pelas importantes entregas que fez na saúde do estado.

Por enquanto, Rondônia caminha para uma eleição polarizada, com um candidato ao governo futuramente confirmado no cargo e dois fortes nomes para o Senado, em uma disputa que promete movimentar o tabuleiro político nos próximos meses.