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porto velho, terça-feira 16 de setembro de 2025
Apesar do ceticismo de aliados de Jair Bolsonaro (PL) com o efeito imediato na eleição das mudanças na Petrobras, líderes do Centrão trabalham pelas novas regras na estatal para que, independentemente do governo futuro, a ala política possa ter influência na indicações de nomes para ocupar cargos e até mesmo autonomia para definir como são formados os preços dos combustíveis – pelo menos esse é o discurso oficial.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um dos principal defensores da troca no comando da Petrobras, cobrou duramente o ministro da Economia, Paulo Guedes, e também o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, para promoverem mudanças na estatal “com sensibilidade”.
Propôs, inclusive, mudanças legislativas – mas foi convencido por Paulo Guedes de que seria “menos barulhento” fazer mudanças por meio da governança e de atualizações no estatuto da Petrobras.
Os políticos vêm cobrando uma participação maior na discussão da política de preços da Petrobras – e não gostaram quando Sachsida disse que “governo não interfere” nos preços de combustíveis. Para Lira e aliados, o governo pode até não interferir na estatal, mas indica e demite seu presidente e, por isso, precisa ter mais espaço no debate sobre preços.
Na semana passada, Lira conversou com Caio Paes de Andrade, oficializado nesta segunda-feira (27) como presidente da Petrobras – o quinto a ocupar o cargo desde o começo do governo Bolsonaro –, e disse que, com essa “carta branca”, o novo comando da estatal pode dar mais “atenção à pauta ESG” (meio ambiente, responsabilidade social e governança, na sigla em inglês), com foco no social.