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    porto velho, terça-feira 11 de fevereiro de 2025

Países se juntam para treino militar após China dominar mar usado de corredor para o comércio

Asean destaca o impacto causado pela ampliação da influência chinesa no mar do Sul, por onde passam R$ 15 trilhões por ano


R7

Publicada em: 21/09/2023 10:10:41 - Atualizado

MUNDO: Soldados das Forças Armadas dos dez países-membros da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático) se reuniram para um ensaio militar para reagir à influência da China no mar do Sul, já que o país comandado por Xi Jinping ampliou a área de águas internacionais em que tem ingerência

Trata-se do primeiro treinamento militar desse tipo entre Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura e Tailândia e outros países, que se encontraram no mar de Natuna Sul, perto da costa de Brunei. Esse movimento é uma resposta ao aumento das tensões e também serve de protesto contra o que a China pratica nas águas da região.

O treinamento, com cinco dias de duração e sem foco em uso de armas, inclui ensaios para a segurança marítima, a patrulha das fronteiras e a distribuição de ajuda humanitária, informaram, em comunicado, as Forças Armadas da Indonésia. O Timor Leste, que está interessado em entrar na Asean, também participa do encontro militar.

"Essa não é uma operação de combate, porque a Asean é muito mais focada na economia. O treinamento é mais sobre atividades sociais", explicou Yudo Margono, chefe das Forças Armadas da Indonésia.

O ensaio ocorre em meio a protestos diplomáticos contra o lançamento pela China, no mês passado, de seu mapa de "linhas de 10 traços", que expande suas reivindicações para cobrir cerca de 90% do mar do Sul da China. Essa área é estratégica, serve de corredor para o comércio mundial e movimenta, todos os anos, mais de US$ 3 trilhões (quase R$ 15 trilhões).

Inicialmente, os exercícios estavam previstos para ocorrer nas águas mais ao sul do mar da China Meridional, que também é reivindicado por Pequim. Filipinas, Malásia, Taiwan e Vietnã se recusam a aceitar o novo mapa proposto pela China ao argumentar que não tem base legal.

A Malásia também entrou no protesto diplomático, mas de forma mais comedida. Disse procurar evitar conflito no mar da China Meridional, mas que tem o dever de "enfrentar qualquer desafio à nossa soberania".








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