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porto velho, domingo 6 de julho de 2025
Integrantes do União Brasil ouvidos pelo site defendem que, após a saída do partido das discussões da chamada “3ª via”, a legenda se aproxime do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sua campanha à reeleição.
Nesta quarta-feira (4), o presidente do partido, Luciano Bivar, confirmou em vídeo o fim das conversas com o PSDB, o MDB e o Cidadania para tentar lançar uma candidatura única à Presidência e afirmou que a legenda terá nome próprio ao Planalto.
A leitura desse grupo mostra que o União Brasil não está unido em torno da candidatura de Bivar. O presidente, segundo os parlamentares, tem prestígio dentro do partido, mas não tem expressão eleitoral suficiente para, sozinho, disputar a Presidência. O ex-juiz Sergio Moro, que é do União, é tratado como nome inviável para encabeçar a chapa.
Deputados federais consultados pelo site sob condição de anonimato afirmaram que o melhor cenário para o partido seria tentar se reaproximar do presidente Jair Bolsonaro. A bancada do partido formado por egressos do DEM e do PSL tem proximidade com o Planalto.
O problema para um eventual acordo está, segundo parlamentares, na cúpula: ACM Neto, secretário-geral do União, e Bivar, presidente, são críticos ao atual governo.
Sem acordo com Bolsonaro, essa ala do partido defende que a sigla se mantenha neutra no primeiro turno e libere os filiados para aderir à campanha de Bolsonaro, do ex-presidente Lula (PT) – ou até de Ciro Gomes (PDT).
A tese é defendida por ACM Neto, pré-candidato ao governo da Bahia e que quer ter o palanque mais amplo possível no estado.
Parlamentares do Rio de Janeiro consultados pelo site resumem um pouco dos dilemas postos para a legenda: no estado, o União Brasil caminhará com Cláudio Castro (PL) para o governo, aliado de Bolsonaro; e para o Senado, o apoio será para André Ceciliano (PT), ligado a Lula.