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"A Democracia venceu", diz Barroso ao assumir o Supremo Tribunal Federal

O ministro assumiu um mandato de dois anos à frente do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça; Edson Fachin é o vice


R7

Publicada em: 28/09/2023 17:27:29 - Atualizado

O Supremo Tribunal Federal (STF) "não pode ser medido por pesquisas de opinião", disse o novo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, em seu discurso de posse no cargo, nesta quinta-feira (28). "Sempre estaremos expostos a críticas e insatisfação, e isso faz parte da vida democrática", completou o ministro, que assume um mandato de dois anos à frente do Poder Judiciário.

O ministro falou ainda sobre os atos extremistas de 8 de Janeiro. "A democracia venceu. [...] Precisamos acabar com os antagonismos artificialmente criados para nos dividir", afirmou. "Justiça seja feita: na hora decisiva, as Forças Armadas não sucumbiram ao golpismo", defendeu.

O ministro disse que vai trabalhar para tornar os processos judiciais mais rápidos em todo o país. "Venho mapeando os gargalos e os pontos de congestionamento do Judiciário", afirmou. Ele ainda destacou "aumentar a participação de mulheres nos tribunais" como uma das prioridades de sua gestão à frente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que deve durar dois anos.

O novo chefe do Poder Judiciário disse aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que vai reforçar a harmonia entre os Poderes, "parceiros institucionais que somos".

Homenagem a Rosa Weber

Barroso homenageou a antecessora, Rosa Weber. "Em nome da nação agradecida, em nome dos que sabem distinguir as grandes figuras da história deste Tribunal, eu a reverencio."

"Foi uma emoção, em tão pouco tempo, ver tudo reconstruído", disse o magistrado, em menção aos ataques extremistas de 8 de Janeiro em Brasília. Assim como Gilmar Mendes, ele destacou o simbolismo da posse para a democracia brasileira.

Presidente da OAB

"Graças a muito trabalho, inclusive do STF e da advocacia, a Constituição triunfou sobre forças obscuras, nostálgicas do autoritarismo, que pretendiam implodir o Estado democrático de Direito no Brasil. Felizmente, as instituições sobreviveram. E a democracia restou soberana", disse Beto Simonetti, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em referência aos atos extremistas de 8 de janeiro.



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